As mudanças mentais que acompanham o mal de Alzheimer não afetam apenas a memória, mas também podem alterar dramaticamente a capacidade de comunicação. "Pessoas com demência tendem a usar uma linguagem que se conecta mais diretamente às suas emoções e ao que realmente querem expressar, mais do que o resto de nós", diz Susanna Howard, especialista em Alzheimer. "Elas usam palavras que normalmente não seriam usadas em uma conversa comum.
Olho no olho: Estabelecer contato visual amigável e chamar a pessoa pelo nome são boas regras. Certifique-se de obter sua atenção dizendo seu nome e olhando-os nos olhos.
Diminua as distrações: Ruído de fundo pode distrair a pessoa durante a conversa. Encontre um lugar tranquilo para um diálogo mais gratificante.
Converse cara a cara: Quanto mais pessoas, mais complicado se torna. Tente dialogar com a pessoa individualmente para evitar confusão.
Mantenha as coisas simples: Use conversas simples e diretas. Evite perguntas abertas e ofereça escolhas claras para facilitar a compreensão.
Evite conflitos: Não discuta com uma pessoa com Alzheimer. Evite comentários como "Você está errado", e saiba quando ceder.
Paciência extra: Seja paciente e resista à tentação de completar suas frases. Dê tempo para que respondam sem pressionar.
Entre no mundo deles: Aceite a realidade do seu ente querido, mesmo que seja diferente da sua. Proporcionar suporte e validação alivia a ansiedade.
Dicas visuais: A linguagem corporal é importante, especialmente com alguém com capacidade cognitiva reduzida. Observe suas expressões e postura.
Seja criativo na comunicação: Use dicas visuais, verbais e auditivas para ajudar na compreensão. Aponte para as opções ao fazer perguntas.
Continue falando: Mesmo que a pessoa tenha limitação de fala, continue conversando para mostrar seu apoio e cuidado.
MELHORES PERGUNTAS A SE FAZER PARA ALGUÉM COM ALZHEIMER
Fazer perguntas a alguém com Alzheimer requer sensibilidade e compreensão das limitações que a pessoa pode enfrentar. Aqui estão algumas sugestões de perguntas que podem facilitar a comunicação e manter o interesse durante a conversa:
Perguntas sobre preferências simples:
Você gostaria de um copo de água ou suco?
Prefere ouvir música ou ver fotos agora?
Perguntas sobre atividades cotidianas:
Vamos dar um passeio no parque?
Você gostaria de ajudar a preparar o almoço?
Perguntas que evocam memórias sem pressão:
Qual é a sua lembrança favorita de quando era criança?
Você se lembra de um lugar especial que adorava visitar?
Perguntas sobre o presente:
Como você se sente hoje?
O que você gostaria de fazer agora?
Evitar perguntas complexas ou abertas:
Prefira perguntas que possam ser respondidas com sim ou não ou que ofereçam opções limitadas, como: você gostaria de ir ao jardim ou ficar aqui dentro?
Perguntas que incentivam a expressão emocional:
O que te faz sorrir hoje?
Você se lembra de algo que te deixou feliz recentemente?
Essas perguntas são projetadas para serem simples e diretas, ajudando a pessoa a se sentir mais confortável e envolvida na conversa. Além disso, é importante manter um tom calmo e respeitoso, evitando qualquer pressão para que a pessoa se lembre de detalhes específicos que podem ser desafiadores para ela.
QUAIS SÃO AS PERGUNTAS QUE PODEM CAUSAR MAIS FRUSTRAÇÃO EM ALGUÉM COM ALZHEIMER?
Algumas perguntas podem causar mais frustração em alguém com Alzheimer por serem muito complexas ou exigirem lembranças difíceis de acessar. Evite fazer perguntas que:
Peçam explicações ou justificativas: Perguntas como "Por que você fez isso?" ou "Por que você não se lembra disso?" podem deixar a pessoa confusa e frustrada por não conseguir explicar seus atos ou lembranças.
Exijam respostas detalhadas: Perguntas abertas como "O que você fez hoje?" ou "Como foi seu dia?" podem ser difíceis de responder. Prefira perguntas com opções limitadas.
Envolvam lembrar nomes ou datas específicas: Evite perguntas como "Você se lembra do nome do seu irmão?" ou "Que dia é hoje?". Essas perguntas podem deixar a pessoa desconfortável por não conseguir recordar.
Comparem o presente com o passado: Não faça perguntas que comparem o estado atual da pessoa com o que ela era antes, como "Você não se lembra disso?" ou "Você não era assim antes". Isso pode gerar tristeza e frustração.
Envolvam tarefas complexas: Evite perguntas sobre atividades que exijam muitos passos, como "Você consegue preparar seu próprio almoço hoje?" ou "Você lembra como ligar a máquina de lavar?". Prefira perguntas sobre atividades simples.
Em vez disso, faça perguntas simples que possam ser respondidas com sim ou não, ou que ofereçam opções limitadas. Por exemplo: "Você gostaria de um copo de água?" ou "Vamos dar uma volta no parque ou ficar aqui dentro?". Seja paciente, use frases curtas e positivas, e evite confrontos.